No aniversário de 168 anos da publicação do livro, conheça a história real da baleia assassina do século 19

O escritor estadunidense Herman Melville publicou seu maior romance no ano de 1851. Moby Dick se tornou um dos maiores clássicos da literatura, contando a história do capitão Ahab que tem uma obsessão no mar: matar a baleia que arrancou fora sua perna, a famosa Moby Dick.

O que poucos sabem é que o autor teve uma inspiração da vida real para escrever o livro. Moby Dick foi influenciada pela história de Mocha Dick, uma baleia albina conhecida por destruir todos os barcos que passavam por seu caminho.

Ela provavelmente viveu durante o começo do século 19, nas águas da ilha de Mocha, perto da costa do Chile. O mais assustador do animal, além da destruição causada pela sua cauda, era sua aparência. Albina, Mocha Dick estava coberta por enormes cicatrizes em sua cabeça.

O explorador Jeremiah N. Reynolds escreveu o artigo Mocha Dick or the white whale of the Pacific em 1839, descrevendo a baleia como “uma aberração da natureza, branca como a lã e com a cabeça coberta de cracas”. Ela também possuía uma maneira muito particular e agressiva de agir no mar.

“Ao invés de projetar sua cabeça obliquamente para frente e soprar com um esforço curto, acompanhado por um ruído de bufo, como de costume da sua espécie, ela arremessava a água da narina num volume alto e expandido, em intervalos regulares e um tanto distantes”, explicou o autor.

Estima-se que o animal tenha conseguido escapar de mais de cem armadilhas organizadas especificamente para assassiná-lo. Mas foi na década de 1830 que Mocha Dick foi morta por marinheiros.

A carcaça de aproximadamente 20 metros foi usada pelos baleeiros. Eles produziram mais de cem barris de óleo de baleia e de âmbar-cinzento – considerado uma das mais importantes substâncias para a elaboração de perfumes.

*Publicado no Aventuras na História

 

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