Nossa lista de dicas literárias de fevereiro foi feita pensando em você, que prefere aproveitar o calorão e a folia de forma mais tranquila. Confira!

Nem todo mundo gosta de curtir fevereiro ouvindo marchinhas de Carnaval em meio a multidões, né? Pensando nessas pessoas (e também em quem quer variar entre a folia e uma boa leitura), separamos alguns livros bacanas para os fãs de literatura. Confira:

O Casarão da Coronel, de Paulo Costa Junior e Vanice Assaz – Foi em um domingo frio de julho de 1953 que a pensão instalada na rua Coronel Souza Franco 917, em Mogi das Cruzes, recebeu uma nova proprietária: Lucinda Sant’Anna Braga que chegava de Jacareí com quatro filhos, pronta para enfrentar mais uma dura etapa de sua existência. É a trajetória dessa mulher forte e persistente que forma a base do livro “O Casarão da Coronel e Suas Histórias”, foi escrito por seu filho Paulo Costa Junior.

Na obra, Costa Junior resgata a história de sua mãe e de sua família até entrelaçá-las com o casarão e com Mogi, retratando fatos, amores, tragédias, ilusões que formam um cenário marcante das décadas de 1950 e 1960 na cidade, sempre tendo como elo o tradicional imóvel mandado construir por ideia e ordem de João Cardoso de Siqueira Primo, no início da década de 1920.

Recursão, de Blake Crouch – A vida do detetive Barry Sutton vira de cabeça para baixo quando ele encontra uma mulher que tem a Síndrome da Falsa Memória, uma doença que implanta lembranças falsas na mente da pessoa. Em paralelo, a neurocientista Helena Smith é agraciada com um patrocínio para sua pesquisa em busca da cura do Alzheimer.

Quando as histórias desses dois se cruzam por conta de uma conspiração, o detetive e a cientistas percebem que o conceito de tempo não é o mesmo hoje do que qual conheciam anteriormente. Em uma história eletrizante, Blake Crouch mostra todo seu talento, levando o leitor a refletir sobre o mundo e sobre si mesmo.

Identidade das nações, com organização de Peter Furtado – Para organizar essa coletânea, Peter Furtado contou com a ajuda de pesquisadores de diferentes países do mundo, que escreveram um pouco sobre suas respectivas nações de origem. Uma boa pedida para quem curte história, geografia e política.

A guerra pela Uber, de Mike Isaac – A trajetória da start up que mudou a forma como nos locomovemos é analisada nesse livro, escrito pelo jornalista Mike Isaac, do The New York Times. Além de falar sobre as origens e o impacto da Uber no mundo, o autor traz informações exclusivas sobre o funcionamento da empresa e apresenta os desafios que seus funcionários e CEOs ainda enfrentam.

O livro dos humanos, de Adam Rutherford – O que nos diferencia das outras espécies de animais? Foi buscando responder essa questão que Adam Rutherford escreveu O livro dos humanos. Na obra, além de analisar a genética do Homo sapiens, o autor aborda diferentes habilidades tidas como essencialmente humanas, como a fala e o arrependimento, e procura comportamentos semelhantes em outras espécies. Uma boa pedida para os fãs de biologia.

Entre dois mundos: Oblivion Song, de Robert Kirkman, Lorenzo de Felici e Annalisa Leoni – Esse é o segundo volume dos quadrinhos criados por Robert Kirkman, a mente por trás da história que deu origem à série de sucesso The Walking Dead. Em um futuro distópico, um cientista é o único que ainda busca pelas vítimas do enfrentamento entre a nossa sociedade e seres monstruosos de outro mundo.

Nós & eles, de Bahiyyih Nakhjavani – Nessa obra sensível e bem escrita, a escritora iraniana Bahiyyih Nakhjavani conta a história das três gerações de mulheres de uma família que vive em seu país natal. Narrado na primeira pessoa no plural, Nós & eles relata as dificuldades e a força dessas mulheres que, apesar de fictícias, passam por situações reais para as moradoras do Irã.

Dionísio em Berlim, de Tiago Novaes – Cinco narradores trazem perspectivas diferentes sobre o mesmo personagem: Dionísio, deus grego do vinho, das festas e do teatro. De forma poética, Tiago Novaes apresenta novas versões dessa entidade mitológica tão importante para o desenvolvimento da nossa sociedade.

Sobre os ossos dos mortos, de Olga Tokarczuk – Um suspense eletrizante, esse livro consagrou a vencedora do Prêmio Nobel de literatura de 2018 Olga Tokarczuk como uma das grandes autoras do século 21. A história se passa em uma remota vila polonesa, onde a protagonista, Janina, trabalha como tradutora e caseira de casas de verão.

A mulher é famosa na região por amar estudar astrologia — e por simpatizar muito mais com animais do que com seres humanos. Sua personalidade reclusa se torna um problema quando uma série de assassinatos macabros começam a ocorrer no vilarejo.

Janina decide investigar os acontecimentos, pois tem certeza de que sabe quem é o autor dos crimes. Nessa obra, o leitor é levado a uma jornada que mistura investigação policial com um intenso suspense psicológico.

Ela disse: Os bastidores da reportagem que impulsionou o #MeToo, de Jodi Kantos e Megan Twohey – Nessa obra, as jornalistas Jodi Kantos e Megan Twohey contam como conseguiram conquistar a confiança de diversas mulheres e testemunhas para darem vida à reportagem que revelou os abusos sexuais perpetrados pelo produtor Harvey Weinstein. Além de ser uma aula para os fãs de jornalismo, a obra discute os impactos do texto que iniciou o movimento #MeToo, além de reflexões das próprias autoras sobre o trabalho.

Os segredos que guardamos, de Lara Prescott – Durante a Guerra Fria, quando Doutor Jivago, de Boris Pasternak, foi submetido à União de Escritores Soviéticos, o livro foi banido por conter alegações críticas ao regime. Isso deu origem a uma operação ilegal na qual as cópias da obra foram impressas na Holanda e contrabandeadas para a União Soviética por espiões norte-americanos.

É nesse contexto que a narrativa fictícia de Os segredos que guardamos acontece. Na obra, Lara Prescott conta as peripécias de uma das espiãs responsáveis por divulgar Doutor Jivago, refletindo sobre o regime da época e trazendo insights sobre a vida das mulheres daquela época.

Até que a morte nos ampare, de Marcos Martinz – A noiva cadáver Rosinha está condenada a reviver o dia de sua morte para todo o sempre — ou até alguém descobrir quem é seu assassino. Como ajudá-la? Lendo o livro, é claro.

 

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