por Joao Marcos, publicado no Estadão

Depois de quedas acentuadas no início da pandemia no Brasil, o varejo de livros vem apresentando crescimento consistente nos últimos meses, fato comprovado pelo 11.º Painel do Varejo de Livros no Brasil de 2020, divulgado nesta terça-feira, 17, pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Nielsen. Houve crescimentos de 25% em volume e 22% em valor dos livros vendidos, comparado ao mesmo período de 2019. Foi a maior variação positiva do ano.

Para o presidente do SNEL, Marcos da Veiga Pereira, a melhor notícia é ver o interesse crescente dos leitores. “A discussão recente sobre a tributação dos livros teve um impacto positivo para a indústria. A reação da sociedade, representada pelo abaixo-assinado #defendaolivro, acabou refletida no consumo. Claramente o brasileiro está lendo mais durante a pandemia”, comenta, em comunicado.

De acordo com a pesquisa, o setor livreiro contabilizou 3,62 milhões de títulos vendidos, faturando R$136,86 milhões. Ao longo do ano de 2020, foram comercializados 32,81 milhões de livros, movimentando R$1,39 bilhão. Já em 2019, foram vendidos 33,50 milhões de títulos com um faturamento de R$1,43 bilhão no mesmo período. Em percentuais, esses números representam uma queda de 3,10 pontos em valor e de 2,06 em volume.

O mercado ainda espera as vendas da Black Friday e do período do Natal para expandir os números de 2020.

Os números do Painel do Varejo de Livros no Brasil têm como base o resultado da Nielsen Bookscan Brasil, que apura as vendas das principais livrarias e supermercados no país.

 

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