De Lima Barreto a Clarice Lispector
Lima Barreto será tema de conferência na ABL, além de ser homenageado na Flip – Reprodução
A Academia Brasileira de Letras (ABL) foi fundada em 1897 à semelhança da Academia Francesa: mesmo número de cadeiras, mesmo fardão e a mesma proibição à presença de mulheres. Por essa razão, a escritora Júlia Lopes de Almeida, que participou dos planos de criação da casa, foi excluída. A escolha de seu marido, Filinto de Almeida, foi uma espécie de homenagem a ela. Júlia será o tema da conferência de abertura do ciclo “Cadeira 41”, coordenado pela acadêmica Ana Maria Machado. As conferências — realizadas sempre às terças-feiras de julho, às 17h30m, no Teatro R. Magalhães Jr., na ABL — vão tratar de autores que deveriam ter entrado para a casa, mas, por vários motivos, não entraram. O título “cadeira 41” refere-se ao fato de a Academia ter 40 cadeiras.
No dia 11 de julho, foi a vez da conferência “É quase tudo ficção: Lúcio Cardoso e o crime do dia”, com a editora Valéria Lamego. No dia 18, o professor Felipe Botelho Corrêa fez a conferência “Lima Barreto em revista”, sobre o autor homenageado na edição deste ano da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) e que, ao longo da vida, viveu uma relação de amor e ódio com a Academia. Encerrando o ciclo, Nádia Battella Gotlib vai falar sobre “O legado de Clarice Lispector”.
*Publicado em O Globo.
Artigos relacionados
Deixe um comentário Cancelar resposta
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.