O que faz alguém ser um bom ou um mau leitor?
Em meio ao mundo tecnológico, é de se imaginar e deduzir que o número de leitores de revistas, jornais e livros, tenha diminuído o que é um fato. Em matéria publicada em 2012, o site G1 trouxe dados sobre a queda dos leitores na época, dos últimos 4 anos:
“A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (28), revelou uma queda no número de leitores no país: de 95,6 milhões, registrada em 2007, para 88,2 milhões, com dados de 2011. O índice representa uma queda de 9,1% no universo de leitores ao mesmo tempo em que a população cresceu 2,9% neste período” (GUILHERME, MORENO, & NÉRI, 2012).
Nota-se que mesmo com o aumento da população, o mesmo não ocorreu com o número de leitores.
Uma pesquisa realizada Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) em 2011, mostra que o Brasil vendeu naquele ano, mais de 470 milhões de exemplares, apresentando um total de mais de 7% em comparação a 2010.
Então analisando esses dados, a informação acaba se tornando contraditório, visto a queda do número de leitores e o crescimento do número de livros vendidos, já que são dados aproximadamente da mesma época. Surge então, à hipótese de que o brasileiro compra, mas não tem total interesse na leitura ou quando lê, não faz uma leitura correta ou proveitosa.
De acordo com Délcio Vieira Salomon, existe o bom e o mau leitor e que os difere um do outro, são os hábitos de leitura. O bom leitor é aquele que com ampla leitura, entende o que lê, tem objetivos, responsabilidade com o que está lendo, quando inicia uma leitura, a faz até o fim.
Segundo Botelho (2012), “um bom leitor é aquele que não é só bom na hora da leitura. É bom leitor porque desenvolve uma atitude de vida”. Já o mau leitor, costuma ler pouco e não gostar de ler, fazer uma leitura pausada, devagar, voltando ao que já foi lido tentando montar uma espécie de quebra-cabeça para compreender o que leu.
Podemos então, chegar à conclusão de que existe sim o hábito de leitura no Brasil, em diversas idades, classes e sobre diversos gêneros literários, porém o que talvez não exista, seja o bom hábito, o hábito saudável.
Novos instrumentos se tornaram e ainda estão presentes cada vez mais na vida dos brasileiros como televisores, smartphones, computadores e tomando o lugar de livros, revistas e jornais (seja de modo impresso ou virtual).
Trazer o hábito da leitura desde a infância e não deixar que ela se perca com o tempo, pode melhorar e muito o número dos bons leitores, aqueles que leem um texto e sabem compreendê-lo, que tem prazer na leitura, que gostam do cheiro do livro. É preciso trabalhar para isso, para que cada vez menos, os maus leitores, aqueles que compram um livro só por estar na moda, que perdem o interesse rapidamente nele, que não compreendem o que estão lendo, tornem-se um número cada vez menor.
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